Inventário ou Holding Familiar: Qual a melhor escolha?

A maioria das pessoas, ao pensar sobre opções para proteger seu patrimônio, se encontram em uma dúvida fatídica: devo optar pela pela holding familiar ou deixar que tudo siga o caminho natural rumo ao inventário? Neste texto, vamos resolver essa dúvida!

Mas qual a diferença entre os dois? O inventário é um processo que levanta todos os bens que uma pessoa deixou em vida para transferi-los aos seus herdeiros em caso de falecimento. Esse processo pode correr pela via judicial ou extrajudicial (cartório).

Já a holding familiar é uma empresa constituída por pessoas da mesma família. Nela, os bens patrimoniais de pessoa física, sejam eles imóveis, móveis ou empresas, não ficam no nome delas, mas, sim, da holding. Isso facilita muito a administração desses bens. E spoiler, é o melhor caminho para utilizá-la.

Desvantagens do inventário

Para decidir entre holding familiar e inventário, é importante entender mais sobre o inventário. Existem duas formas de realizar esse processo: o inventário extrajudicial e o inventário judicial. 

O inventário extrajudicial é feito quando não há um testamento em caso de falecimento e todos os herdeiros estão em comum acordo em relação à herança. Ele não é feito por um juiz, e sim no cartório, e o processo é feito por um advogado especialista no assunto.

Já o inventário judicial, é realizado caso haja um testamento, os herdeiros sejam menores de idade ou interditados e estiverem em divergência em relação à herança. É por causa desses fatores que o processo é considerado um dos mais demorados, podendo levar anos para ser concluído. O inventário judicial também deve ser feito por um advogado especialista no assunto e é julgado por um juiz.

É importante entender cada tipo de inventário, visto que cada um conta com características muito específicas. Agora que você já entendeu isso, vamos falar sobre as desvantagens de cada inventário.

Inventário extrajudicial

O inventário extrajudicial não pode ser realizado, a não ser que um herdeiro seja menor de idade, ou haja testamento do falecido, ou discordância em relação à herança.

Inventário judicial

O inventário judicial também possui muitas desvantagens. Como já dito, ele é um processo muito longo e demorado, podendo demorar anos, o que gera uma dor de cabeça desnecessária para os herdeiros, que já estão em uma situação muito delicada. Além disso, a taxa judiciária e o tempo do processo aumentam ainda mais os custos.

Benefícios de uma holding familiar

Para evitar essas dores de cabeça, uma ótima opção é a holding familiar, uma maneira mais profissional que gera uma gestão centralizada dos negócios. Mas em quais situações ela é mais benéfica?

COMO EVITAR O INVENTÁRIO | APRENDA AQUI

De modo geral, a holding familiar tem grandes vantagens especialmente ao se tratar de famílias com muitos bens ou empresas. Vamos entender isso com mais detalhes.

Quando uma pessoa possui muitos bens, a sucessão se torna mais complexa, o que, somado com os problemas que um inventário geral, pode resultar em uma grande dor de cabeça. Porém, se os bens estiverem agrupados em uma sociedade, o que acontece na holding familiar, somente as cotas ou ações dessa sociedade precisam ser divididas na sucessão.

Por isso, nesse processo, a divisão será facilitada, mais barata e mais rápida. Além disso, em uma holding, a tributação será reduzida quando o patrimônio familiar incluir muitas empresas.

Outra vantagem da holding familiar é que ela facilita a gestão do patrimônio, principalmente quando ele for grande, e a divisão das despesas. Isso acontece pois, nesse processo, todos os familiares serão titulares das cotas, o que torna todos os custos e frutos gerados pelo bem da sociedade.

Quando o patrimônio é grande, faz sentido diversificar os investimentos, como investir em outras moedas ou fora do país, por exemplo. Nesse caso, ter uma holding continua sendo mais benéfico.

Além disso,  a holding familiar é uma ótima opção de economia financeira para que a família mantenha a continuidade do negócio e garanta maior proteção patrimonial ao longo da vida. Esse trâmite acaba saindo bem mais barato que o inventário. 

Diferenças entre holding familiar e holding patrimonial

Agora que você já entendeu os benefícios de uma holding, você deve estar se perguntando qual a diferença da familiar para a patrimonial. Basicamente, quando nos referimos ao controle de bens de pessoas físicas ou de pessoas da mesma família. Já quando a holding controla um patrimônio, ela é denominada patrimonial. No entanto, é muito comum elas receberem o mesmo nome, já que ambas controlam o patrimônio da família.

Em geral, há dois tipos: as puras e as mistas. As puras são aquelas que tem apenas a finalidade de participação em outras empresas. Já as mistas preveem a exploração das atividades com fins lucrativos também. A Holding Familiar é um tipo de holding mista, que tem por objetivo melhor gerir o patrimônio familiar.

Diogo Rossetti Cleto, holding familiar e inventário 

Agora que você já conhece um pouco mais sobre holding familiar e entende suas vantagens, tenho certeza de que você se interessou pelo assunto. Por isso, o advogado Diogo Rossetti Cleto está lançando um curso online sobre holding familiar. O curso é destinado para iniciantes e interessados sobre o assunto. 

O advogado Diogo Rossetti Cleto é sócio do escritório que leva seu nome desde 2011 e é especialista em holding familiar, direito empresarial, trabalhista e contencioso civil. Além disso, ele ainda leciona o curso de Extensão sobre Holding Familiar na Escola Brasileira de Direito (ABRADI). Para mais informações sobre serviços, curso e o escritório, entre em contato via telefone (11) 2503-8006 ou mande um e-mail para diogo@rossetticleto.adv.br.